Eu não sei em qual momento da minha vida alguém decidiu falar que eu não tinha jeito com criança, desde que eu me conheço por gente falavam isso.
Com 19 anos fiz meu primeiro estágio na Sanepar em Ponta Grossa-PR e uma das minhas funções era atendimento escolar. Eu levava as turmas para visitar a estação de tratamento de água, dando uma pequena palestra no início. As crianças me adoravam! Sempre vinham me abraçar no final, e minha chefe vivia dizendo que eu era ótima para o atendimento.
Mas mesmo com isso o rótulo de que eu não era boa com criança sempre persistiu. Anos depois comecei a participar do Movimento de Cursilhos da Igreja Católica e mais uma vez tinha facilidade para brincar com as crianças e elas me adoravam! Nunca entendi porque falavam que eu não tinha jeito, mas enfim, se os outros diziam, eu acreditava.
Quando comecei a planejar o meu intercâmbio, no início de 2015, ao pesquisar as profissões comuns entre os brasileiros a primeira coisa que pensei foi 'não posso ser babá'. Pensava que eu não iria conseguir, que não levava jeito, que era muita responsabilidade e tudo mais.
Enquanto eu ainda estava planejando tudo, minha prima que estava voltando para o Brasil, me ofereceu a vaga de au pair dela para morar com a família. Depois de conversar com ela decidi dar uma chance para mim mesma e acabei indo para a entrevista.
Trabalhei com essa família por quase 4 meses, e por n motivos que não acho pertinente relatar aqui, eu acabei não conseguindo conquistar as crianças, e a mãe deu uma desculpa e me dispensou. O sentimento de rejeição é terrível, ainda mais vindo de criança. Eu sonhava com elas no começo, foi muito difícil pra mim.
Já na mesma semana eu consegui outro emprego, desta vez de childminder, que é a babá que não mora com a família. Duas meninas lindas, 6 e 10 anos na época, e então fui para mais um desafio.
O começo não foi fácil, até me acostumar com as manias delas, com o que elas gostavam de comer, entre outras coisas. Mas com o tempo tudo foi se ajeitando e quantas coisas já passei com elas nesse ano!
Ser babá é mais do que apenas ficar com as crianças até a mãe chegar. É ser amiga para ouvir os problemas com as amiguinhas da escola. É ser irmã mais velha quando elas querem opinião para roupa, ou quando querem saber dos seus crushes quando você era pequena também. É ser psicóloga ao dar conselhos sobre os problemas familiares. É voltar a ser criança ao assistir um filme da Disney ou do Harry Potter juntas. É ser professora quando eu as ajudo com o dever de matemática. É ser aluna quando elas tiram minhas dúvidas de inglês. Mas acima de tudo, é ser feliz ao saber que você faz a diferença na vida de alguém.
Nesse 1 ano com as minhas meninas, passei por altos perrengues também. Afinal, lidar com birra de criança nem sempre é fácil. Sem falar na vez que eu as perdi no parque, um desespero que serviu de lição.
E o inglês? Não teria evoluído a metade do que eu evoluí durante meu intercâmbio em Dublin se não fosse por elas. Essa troca de experiências e a forma com que elas tiram minhas dúvidas quando eu preciso vale mais que qualquer escola.
Agora que completo 1 ano, não consigo imaginar como seria minha vida sem elas aqui, com certeza seria muito vazia.
Do futuro a gente não sabe, ao final desse ano eu só tenho a agradecer. Obrigada, L. e L. por ajudarem o meu sonho a ser tornar realidade. Que possamos fazer ainda mais aniversário juntas, amo vocês <3
Para acompanhar meu dia a dia em Dublin, siga-me nas Redes Sociais:
Facebook: Tá na Europa
Twitter: @YoSoyTa_
Snapchat: talitanossol
Instagram: talitanossol
:*
Com 19 anos fiz meu primeiro estágio na Sanepar em Ponta Grossa-PR e uma das minhas funções era atendimento escolar. Eu levava as turmas para visitar a estação de tratamento de água, dando uma pequena palestra no início. As crianças me adoravam! Sempre vinham me abraçar no final, e minha chefe vivia dizendo que eu era ótima para o atendimento.
Mas mesmo com isso o rótulo de que eu não era boa com criança sempre persistiu. Anos depois comecei a participar do Movimento de Cursilhos da Igreja Católica e mais uma vez tinha facilidade para brincar com as crianças e elas me adoravam! Nunca entendi porque falavam que eu não tinha jeito, mas enfim, se os outros diziam, eu acreditava.
Quando comecei a planejar o meu intercâmbio, no início de 2015, ao pesquisar as profissões comuns entre os brasileiros a primeira coisa que pensei foi 'não posso ser babá'. Pensava que eu não iria conseguir, que não levava jeito, que era muita responsabilidade e tudo mais.
Enquanto eu ainda estava planejando tudo, minha prima que estava voltando para o Brasil, me ofereceu a vaga de au pair dela para morar com a família. Depois de conversar com ela decidi dar uma chance para mim mesma e acabei indo para a entrevista.
Trabalhei com essa família por quase 4 meses, e por n motivos que não acho pertinente relatar aqui, eu acabei não conseguindo conquistar as crianças, e a mãe deu uma desculpa e me dispensou. O sentimento de rejeição é terrível, ainda mais vindo de criança. Eu sonhava com elas no começo, foi muito difícil pra mim.
Já na mesma semana eu consegui outro emprego, desta vez de childminder, que é a babá que não mora com a família. Duas meninas lindas, 6 e 10 anos na época, e então fui para mais um desafio.
O começo não foi fácil, até me acostumar com as manias delas, com o que elas gostavam de comer, entre outras coisas. Mas com o tempo tudo foi se ajeitando e quantas coisas já passei com elas nesse ano!
Ser babá é mais do que apenas ficar com as crianças até a mãe chegar. É ser amiga para ouvir os problemas com as amiguinhas da escola. É ser irmã mais velha quando elas querem opinião para roupa, ou quando querem saber dos seus crushes quando você era pequena também. É ser psicóloga ao dar conselhos sobre os problemas familiares. É voltar a ser criança ao assistir um filme da Disney ou do Harry Potter juntas. É ser professora quando eu as ajudo com o dever de matemática. É ser aluna quando elas tiram minhas dúvidas de inglês. Mas acima de tudo, é ser feliz ao saber que você faz a diferença na vida de alguém.
Nesse 1 ano com as minhas meninas, passei por altos perrengues também. Afinal, lidar com birra de criança nem sempre é fácil. Sem falar na vez que eu as perdi no parque, um desespero que serviu de lição.
E o inglês? Não teria evoluído a metade do que eu evoluí durante meu intercâmbio em Dublin se não fosse por elas. Essa troca de experiências e a forma com que elas tiram minhas dúvidas quando eu preciso vale mais que qualquer escola.
Agora que completo 1 ano, não consigo imaginar como seria minha vida sem elas aqui, com certeza seria muito vazia.
Do futuro a gente não sabe, ao final desse ano eu só tenho a agradecer. Obrigada, L. e L. por ajudarem o meu sonho a ser tornar realidade. Que possamos fazer ainda mais aniversário juntas, amo vocês <3
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:*
Olá Tá, meu nome é Manu, moro na Inglaterra, li alguns post e gostei muito, só fiquei em dúvida quanto ao pagamento das horas, vc recebia pelo horário das 7 as 18 ou somente proporcional as horas de trabalho exercidas?
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